VIOLÊNCIA NO BAIRRO DE TABATINGA  – CAMARAGIBE

A crescente violência no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, tem gerado um clima de insegurança e desespero entre os moradores. Com três homicídios registrados na última semana, a comunidade se vê imersa em um cenário de medo e vulnerabilidade. A morte de dois homens próximos ao bar do Marcelo no último domingo, seguida pelo assassinato do próprio ‘Marcelo do Bar’ nesta terça-feira (18), destaca uma realidade alarmante que afeta a todos. Além disso, a chacina na cidade de Abreu e Lima, que teve como vítimas moradores do bairro, intensificou a sensação de desamparo.

Não podemos deixar de citar a ‘Chacina de Tabatinga’ que ocorreu em 2023 e resultou na morte de seis membros de uma mesma família após a morte de dois policiais militares. Essa ocorrência permanece latente na memória coletiva da comunidade.

As consequências dessa onda de violência são profundas e abrangem diversos aspectos da vida comunitária. Os moradores se sentem inseguros em suas próprias casas, temendo pela segurança de suas famílias. A liberdade de ir e vir é restringida, especialmente para os jovens, que enfrentam um futuro incerto em meio a um ambiente hostil. A falta de programas sociais voltados para a juventude, que poderiam oferecer alternativas positivas e conscientização sobre o uso de drogas, agrava ainda mais a situação. Sem iniciativas que promovam a educação e o envolvimento comunitário, muitos jovens acabam se vendo atraídos para o caminho da criminalidade.

A ausência do poder público na implementação de políticas efetivas de segurança e programas sociais deixou a comunidade em um estado de abandono, clamando por apoio e ações concretas que possam transformar a realidade local. O slogan usado nas redes sociais, “Tabatinga é diferente”, agora parece uma ironia amarga para os moradores, que desejam desesperadamente que a situação mude. A esperança é que, com a mobilização da comunidade e a atenção das autoridades, Tabatinga possa, de fato, se tornar um lugar onde a segurança e a paz prevaleçam, resgatando o verdadeiro significado de ser “diferente”.

@reporterhelycruz