A recente ocorrência de violência entre torcedores dos clubes Sport e Santa Cruz no Recife expõe uma faceta alarmante do fanatismo esportivo que, ao invés de promover a união e o amor pelo futebol, se transforma em uma verdadeira barbaridade. As cenas de agressões e até estupro que circularam nas redes sociais chocaram não apenas a população local, mas todo o Brasil, trazendo à tona a urgência de uma reflexão crítica sobre a cultura das torcidas organizadas.
É inaceitável que, em pleno século XXI, ainda testemunhemos episódios tão brutais que mancham a imagem do esporte e, consequentemente, a reputação de um estado inteiro. A responsabilidade não recai apenas sobre os indivíduos que praticaram esses atos violentos, mas também sobre a falta de medidas efetivas por parte das autoridades competentes para prevenir e coibir a violência nas arquibancadas e nas ruas.
O que se observa é uma normalização da violência no ambiente esportivo, onde torcedores se tornam mais rivais do que apaixonados pelo seu time. Essa rivalidade exacerbada não pode ser confundida com a paixão pelo esporte; ela deve ser denunciada e combatida. É imprescindível que clubes, federações e o governo unam esforços para implementar políticas que promovam a segurança e a convivência pacífica entre os torcedores, além de campanhas educativas que conscientizem sobre os perigos do extremismo e do fanatismo.
A imagem negativa que o estado de Pernambuco enfrenta após esses eventos trágicos não é apenas uma questão de reputação, mas um reflexo da necessidade urgente de mudança cultural. É hora de repensar o que significa ser um torcedor e resgatar os valores que deveriam estar no cerne do futebol: respeito, paixão e camaradagem. Somente assim poderemos transformar o esporte em uma fonte de alegria e união, e não de dor e divisão.
@helycruzreporter