
A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou, na manhã desta terça-feira, a 27ª Operação de Repressão Qualificada do ano, batizada de “Chave Mestra”, com foco na desarticulação de um grupo criminoso que atuava em diversas cidades do Estado. A ação foi coordenada pela Diretoria Integrada Metropolitana (DIM), sob o comando dos delegados Altemar Mamede, titular da 10ª Delegacia Seccional (10ª DESEC), e Letícia Moreira, titular da Delegacia de Ipojuca.
A investigação teve início em outubro de 2024, após a prisão em flagrante do líder do grupo, capturado durante a Operação Pernambuco Seguro, enquanto cometia um furto de veículo. A partir dessa prisão, a polícia aprofundou as diligências e conseguiu mapear a estrutura da organização criminosa e identificar seus principais integrantes e métodos.
▪️ Modus operandi sofisticado:
O nome da operação, “Chave Mestra”, faz alusão ao esquema elaborado utilizado pelo grupo. Os criminosos alugavam veículos em locadoras da Região Metropolitana do Recife, copiavam as chaves e instalavam rastreadores clandestinos. Após a devolução, esperavam que os carros fossem alugados por outras pessoas e, então, monitoravam a localização dos veículos em tempo real. Quando os automóveis estavam estacionados em locais públicos, os criminosos utilizavam as cópias das chaves para furtá-los, sem arrombamento, o que dificultava a identificação do crime.
De acordo com o delegado Altemar Mamede: “Trata-se de uma organização com divisão clara de funções, estrutura hierarquizada e um nível de sofisticação incomum para esse tipo de delito. Essa operação é fruto de meses de trabalho minucioso”, destacou.
Ação coordenada e multidisciplinar
A operação desta terça-feira cumpre seis mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão domiciliar, todos expedidos pela 19ª Vara Criminal da Capital. A execução mobilizou 70 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. A ação contou com o apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (DINTEL), do Comando de Operações e Recursos Especiais (CORE/PCPE) e da Central de Flagrantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Para a delegada Letícia Moreira, o trabalho integrado é imprescindível para o melhor resultado: “É importante destacar o trabalho de inteligência e integração entre as unidades envolvidas, que permitiu identificar não só os autores diretos dos furtos, mas também os receptadores e demais integrantes do esquema.”, ressaltou a delegada.
Crimes investigados
Além do furto de veículos, a organização criminosa é investigada por porte ilegal de arma de fogo, receptação e disseminação de pornografia infantil. As atividades ilícitas do grupo se estendiam pelas cidades do Recife, Ipojuca (Porto de Galinhas), Jaboatão dos Guararapes e chegaram até o interior do Estado, com registros de atuação em Jupi/PE.
