
A Justiça de Pernambuco decidiu não absolver o sargento Venilson Cândido da Silva, acusado de matar o motociclista Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, após uma discussão sobre o pagamento de R$ 7 por uma corrida. O crime, que ocorreu em dezembro, será julgado em abril.
O sargento foi indiciado por homicídio qualificado em relação ao incidente que levou à morte de Thiago Bezerra. De acordo com o processo, câmeras de segurança registraram o momento em que o policial saca sua arma e dispara contra o motociclista, que levantou os braços em sinal de rendição ao perceber a arma apontada para ele.
Na sua decisão, o juiz destacou a presença de provas suficientes que demonstram tanto a materialidade do crime quanto indícios de autoria. A defesa do PM tentou reclassificar a acusação para lesão corporal seguida de morte, alegando legítima defesa, mas essa argumentação foi rejeitada pela Justiça, que considerou que não havia um perigo iminente que justificasse o uso da força letal.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e levantou questões sobre a conduta dos agentes da lei e a responsabilidade em situações de uso da força. A Polícia Militar de Pernambuco já indicou que a expulsão do sargento da corporação poderá ser uma consequência do crime.
O julgamento de Venilson Cândido da Silva ressalta a complexidade das interações entre civis e policiais.
