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O sargento da Polícia Militar, Venilson Cândido da Silva, de 50 anos, tornou-se réu pelo homicídio de Thiago Fernandes Bezerra, um mototaxista de 23 anos, ocorrido no mês passado em Camaragibe, no Grande Recife. Durante depoimento à Justiça, Venilson alegou que agiu em legítima defesa, afirmando ter disparado apenas uma vez contra Thiago, atingindo-o no peito, sem intenção de matá-lo.
Entretanto, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sustenta na denúncia que o sargento agiu de maneira “fria e deliberada”, atirando em uma região letal por um motivo considerado fútil. Segundo testemunhos de familiares da vítima, o desentendimento teria começado por conta de uma corrida no valor de R$ 7.
Buscando evitar o júri popular, Venilson apresentou sua resposta à acusação na quarta-feira (22), rebatendo os argumentos da promotoria. No documento encaminhado ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a defesa do PM afirma que o disparo foi realizado para se proteger, o que configuraria um “excludente de ilicitude”.
De acordo com o relato do policial, a discussão se intensificou quando Thiago teria afirmado estar armado e dado um tapa em sua carteira, derrubando o dinheiro no chão. “Naquele momento, a vítima partiu para cima do defendente, o que o levou a disparar acreditando que Thiago tentaria pegar sua arma para atacá-lo”, alega a defesa.
O documento reforça que o disparo foi único e teve o objetivo de conter uma suposta agressão iminente, sem intenção de matar. A defesa ainda argumenta que, se o policial tivesse a intenção de assassinar, ele teria efetuado vários disparos e não apenas um. Além disso, a divergência inicial teria ocorrido porque o mototaxista se recusou a entrar no condomínio do PM, apesar de essa informação constar no aplicativo utilizado para solicitar a corrida.
Dinâmica do homicídio
O crime, ocorrido em 1º de dezembro, foi captado por câmeras de segurança do condomínio. Nas imagens, Thiago aparece gesticulando com os braços abertos, aparentemente questionando a atitude de Venilson, antes de ser baleado.
Conforme descrito pelo MPPE, “mesmo após a vítima ter parado ao perceber que o acusado sacava uma arma, Venilson, de forma fria e deliberada, disparou contra o peito de Thiago, que caiu gravemente ferido”.
Após o disparo, o MPPE aponta que o policial agiu com calma, guardou a arma na cintura, observou Thiago agonizando no chão, devolveu o capacete ao lado da vítima e entrou em casa sem prestar qualquer socorro.
Fonte: Blog Afogados Online
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