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Foto do escritorPatrícia Moraes

INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO: COMO É O TRATAMENTO?

Existem vários tipos de incontinência urinária, em alguns casos, é possível curar completamente o problema. Uma das manifestações mais comuns é Incontinência Urinária de Esforço (IUE), onde a pessoa tem dificuldades para controlar a saída de urina, principalmente em situações normais do dia-a-dia como tossir, rir, espirrar ou fazer esforço físico como levantar peso, por exemplo.

Este é um problema bastante comum, que pode acontecer com pessoas de todas as idades e de ambos os sexos, embora seja mais frequente em mulheres. Infelizmente, a condição compromete muito a qualidade de vida dos pacientes, pois afeta seu bem-estar físico, emocional, mental e seu convívio social. ¹

Isso acontece porque muitas pessoas evitam situações de interação, pois temem que possa haver algum “acidente” e por isso acabam se isolando socialmente ou deixando de aproveitar momentos com os amigos e a família. Hoje vamos conhecer os principais tipos de incontinência urinária, as causas e sintomas mais comuns, algumas opções de tratamento, e até de cura. Confira:


Tipos de Incontinência Urinária


Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), uma a cada 25 pessoas pode sofrer de incontinência urinária ao longo da vida. Para as mulheres, o cenário é agravado. As estatísticas demonstram que cerca de 40% das mulheres na pós-menopausa perdem urina de forma involuntária.

Nos homens, o problema é mais comum naqueles que fizeram cirurgia para remoção completa da próstata, durante o tratamento contra o câncer. Aproximadamente 8% dos homens que se submeteram a esse procedimento também desenvolvem incontinência urinária, em ambos os casos o problema é classificado como incontinência urinária de esforço (IUE).

Mas este não é o único tipo de manifestação da condição. Na verdade, existem vários tipos de incontinência urinária, e todos eles podem atingir tanto homens como mulheres. Nesse artigo, vamos citar os 3 casos mais comuns, incluindo este que acabamos de citar.


Veja a lista completa:


1 – Incontinência urinária de esforço (IUE)

2 – Incontinência urinária de urgência

3 – Incontinência urinária por transbordamento


Incontinência Urinária de Esforço


Como mencionamos logo na introdução, esse é um dos tipos mais comuns de incontinência urinária. Esse problema geralmente está ligado ao enfraquecimento das estruturas musculares que atuam com a função de conter e controlar a saída de urina. É mais comum em mulheres que tiveram várias gestações e partos, mas como já sabemos, o quadro também pode acontecer em homens que passaram por cirurgia na próstata. ²

O trabalho de parto acompanhado pela pressão e tensão dos ligamentos, músculos e tecidos que rodeiam a bexiga e uretra, é o que leva à incontinência depois do parto. Logo, um trabalho de parto normal difícil pelo tamanho e posição do bebê pode ser um fator de risco importante.

Mesmo assim, a incontinência urinária de esforço também pode acontecer naquelas mulheres que fizeram um parto cesárea, pois além do esforço no parto, outros fatores da própria gestação podem causar o problema. Acontece que peso do bebê sobre a pélvis, por exemplo, traz riscos de danos à bexiga, uretra, suporte de ligamentos e músculos, e isso aumenta a probabilidade de escapes de urina após a gravidez. Além disso, a idade avançada e a obesidade também são considerados fatores de risco.

Os tratamentos de fisioterapia, dedicados ao fortalecimento das estruturas comprometidas costumam surtir um ótimo resultado para resolver a incontinência urinária de esforço.


Incontinência Urinária de Urgência: Bexiga hiperativa


A incontinência urinária de urgência também é conhecida popularmente como bexiga hiperativa ou simplesmente BH. Aqui o problema é a necessidade urgente de urinar, a vontade aparece de repente, mas muitas vezes pode ser difícil de controlar, e por isso pode haver escape de urina. A boa notícia é que dependendo da causa, a bexiga hiperativa tem cura.

Quem sofre de BH também costuma acordar à noite para fazer xixi, e tem seu sono prejudicado, podendo trazer outros problemas de saúde. Além disso, é comum necessitar ir ao banheiro mais de 7 vezes em menos de 24 horas.²

Às vezes, o quadro de bexiga hiperativa é causado por problemas tratáveis, como por exemplo:


▶️ Infecção urinária;


▶️ Enfraquecimento da musculatura da bexiga;


▶️ Cirurgias ginecológicas ou urológicas.


Nesses casos, grande parte dos pacientes atingem a cura completa, desde que o tratamento seja feito da maneira adequada. Vamos falar mais sobre tratamento nos próximos tópicos, antes disso, vamos conhecer o 3° e último tipo mais comum de incontinência urinária:


Incontinência Urinária por Transbordamento


Nos quadros de incontinência urinária por transbordamento, a pessoa tem dificuldade para esvaziar completamente a bexiga. Como próprio nome sugere, esse tipo de incontinência ocorre quando a bexiga fica tão cheia que chega a transbordar. Aqui duas questões costumam ser as principais causas: o enfraquecimento do músculo da bexiga ou a obstrução à saída de urina.

Quanto a primeira causa, o enfraquecimento do músculo da bexiga pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, mas ocorre principalmente em pacientes com diabetes, alcoólatras e alguns tipos de distúrbios neurológicos.

Já a obstrução acontece quase sempre por causa do aumento da próstata, por isso esse este tipo de incontinência é mais frequente em homens. Quando há um fator obstrutivo, ou seja, algo que impede a saída completa da urina, o resíduo urinário pode se tornar cada vez maior, e quando a bexiga fica muito cheia, ocorre a perda por transbordamento, que é contínua e observada em gotas.


​Tratamentos 1,2


De modo geral, os tratamentos para incontinência urinária incluem:


Fisioterapia para fortalecimento dos músculos pélvicos;


Medicamentos;


Aplicações de toxina botulínica tipo A no músculo responsável pela contração da bexiga;


Instalação de sondas vesicais, ou cateterismo vesical intermitente;


Cirurgias.


Nos casos graves, também pode ser necessária a implantação de dispositivos eletrônicos na medula espinhal ou na própria bexiga, como se fosse um marcapasso, que serve para regular a atividade de eliminação da urina.

No caso dos pacientes com bexiga hiperativa, além dos tratamentos citados, o médico poderá recomendar mudanças na rotina, como a diminuição de consumo de líquidos no final da tarde, com o objetivo de evitar a vontade de ir ao banheiro durante o sono.

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