ao contrário das declarações do secretário, a polícia afirma que o indivíduo suspeito de ter causado a morte de dois policiais militares durante o tiroteio que desencadeou uma série de assassinatos em Camaragibe, no Grande Recife, não foi registrado como um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Esta informação, revelada pela delegada Simone Aguiar, que liderou a Polícia Civil de Pernambuco, contrariamente ao que foi dito pelo secretário estadual de Defesa Social, Alessandro Carvalho, em 15 de setembro (consulte o vídeo acima).
"A princípio, a informação era de que Alex era um CAC. No entanto, após verificarmos os sistemas e as respostas do Exército, descobriu que ele não era um CAC. Ele tinha registrado sua arma no Sinarm [Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal ]", afirmou a delegada Simone Aguiar durante entrevista à TV Globo.
A afirmação de que Alex era um CAC foi divulgada pelo secretário durante uma coletiva de imprensa para discutir o caso, que resultou na morte de oito pessoas em pouco mais de 12 horas (veja a cronologia abaixo). Na ocasião, o gestor declarou que Alex “era um CAC, era atiradores”. A arma que ele usou era uma pistola calibre 9 milímetros com mira a laser.
"Foi a Polícia Federal que concedeu a autorização para portar [a arma]. Ele não era um CAC. Inicialmente, a informação de que ele era um CAC surgiu porque ele tinha uma pistola de 9 milímetros, pois até recentemente, apenas policiais federais, "Os policiais rodoviários federais e CACs podiam possuir pistolas de 9 milímetros. No entanto, houve uma permissão por um tempo, permitindo que algumas pessoas que não eram colecionadoras tivessem esse registro para pistolas de 9 milímetros", explicou Simone Aguiar.
De acordo com o chefe da Polícia Civil de Pernambuco, a arma estava registrada desde 6 de julho de 2022, e não havia "nenhuma suspeita" sobre esse registro, uma vez que Alex da Silva Barbosa, que não tinha antecedentes criminais, já havia trabalhado como vigilante.
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